A monarquia britânica, e o reinado de Elizabeth II em específico, são rico material de estudo para quem se interessa por comunicação. Mergulhei em alguns textos super interessantes sobre o tema que vou compartilhar ao longo da semana.
Foi uma polêmica nacional. No período que separou a ascensão de Elizabeth II ao trono britânico, em fevereiro de 1952, de sua coroação, em junho de 1953, o Reino Unido discutiu intensamente se a cerimônia deveria ser transmitida ao vivo pela televisão.
O site Pessimists Archive trouxe um excelente apanhado dos jornais da época. Quem propôs a transmissão ao vivo foi seu marido, Phillip, mas a resistência das autoridades foi enorme, inclusive do primeiro-ministro Wiston Churchill. “Seria impróprio que toda a cerimônia, não apenas em seus aspectos seculares, mas também em seus aspectos religiosos e espirituais, fosse apresentada como se fosse uma apresentação teatral”, disse ele. A comissão encarregada dos preparativos vetou a transmissão.
Os jornais foram inundados por cartas revoltadas do povo que queria ver sua rainha ao vivo na TV. Passaram-se alguns meses e a comissão acabou voltando atrás.

Milhões de espectadores no Reino Unido e no mundo acompanharam a coroação, que provocou uma explosão na venda de televisores. A BBC, emissora estatal britânica responsável pela transmissão, diz hoje que o evento “fez mais do que qualquer outro para tornar a televisão um meio de comunicação dominante”. Foi a primeira vez que a audiência da TV superou a do rádio.
Em sua primeira grande aparição como rainha, Elizabeth já fazia história como estrategista de comunicação.
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