No começo dos anos 90, quando o mundo se mobilizava no combate ao vírus da AIDS, a Red Hot Organization congregou artistas para produzir discos que tinham o objetivo de levantar recursos e gerar visibilidade para a causa.

O primeiro deles, Red Hot + Blue, trazia gente do peso de U2, David Byrne, Annie Lennox, k.d. lang e Erasure cantando canções de Cole Porter. É uma versão melhor que a outra.
Não demorou para surgir a ideia de produzir um disco dedicado à música do Brasil. John Carlin, fundador da Red Hot, era apaixonado por MPB, e decidiu por em marcha o projeto quando conheceu o produtor brasileiro Béco Dranoff.
O resultado foi Red Hot + Rio, uma obra prima que tem George Michael cantando “Desafinado” em português com Astrud Gilberto, Marisa Monte e David Byrne numa versão inesquecível de “Águas de Março”, e Caetano Veloso interpretando “É Preciso Perdoar” em português e inglês com Cesária Évora e Ryuichi Sakamoto. E mais uma longa lista de ícones que inclui Gilberto Gil, Milton Nascimento, Nação Zumbi e Everything But The Girl.
É uma experiência: ouvir faixa a faixa, na ordem, com os interlúdios pensados pelos produtores.
Os bastidores da criação deste disco icônico estão no podcast lançado no último dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à AIDS, em comemoração aos 25 anos da obra. São três episódios que falam de saúde pública e história da música com a mesma fluidez. Vale a pena.
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