Esse post é parte de uma série sobre como o brasileiro se informa. Com
base em dados, me propus a entender o caminho da informação no Brasil.
Para entender como o brasileiro se informa, vamos começar do começo: o que eles conseguem entender das informações que estão circulando?
Falaremos mais adiante do analfabeto funcional, que não tem capacidade de compreender e interpretar um texto. Aqui tratamos da taxa de analfabetismo, assim definida pelos órgãos oficiais.
O número está dentro da meta estabelecida pelo Ministério da Educação, mas ainda assim é chocante: 11 milhões de brasileiros não sabem ler ou escrever nem um bilhete simples. Representam 6,6% da população total.
O dado mais recente é da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) Educação de 2019, divulgada pelo IBGE em julho de 2020 e só considera brasileiros com 15 anos ou mais. Pois é: pense num adolescente de 14 anos que não sabe ler. É uma tragédia, e nem faz parte da estatística oficial.
Quando mergulhamos na distribuição destes 11 milhões de analfabetos, outros retratos perturbadores são revelados.
A taxa de analfabetismo é maior que a média nacional no Nordeste (13,9%), entre as pessoas com mais de 60 anos (18%), e entre pretos e pardos (8,9%)
Se 11 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos, como os demais 175 milhões de brasileiros nessa faixa etária, aqueles considerados alfabetizados, estão consumindo informação? É o tema do próximo post.
Aprenda mais:
- Esse documento do IBGE contém o melhor resumo dos dados mais recentes de analfabetismo e escolaridade.
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