Veja. Finish. Vanish. SBP. Sustagem. Bom Ar. Jontex. Naldecon.
Se essas marcas fazem parte do dia a dia do brasileiro, poucos sabem o nome da companhia inglesa dona de todas elas. E esse nome acabou de mudar. De novo.
A saga da identidade da Reckitt Beckinser, gigante britânica de bens de consumo, serve de lição para gestores de marcas corporativas.
Isaac Reckitt abriu um moinho de amido no norte da Inglaterra em 1840. Seus filhos expandiram o negócio. Ao longo do século 20, cresceu por aquisições e se tornou gigante.
Johann Benckiser fundou uma fábrica de produtos químicos industriais na Alemanha em 1823. A empresa também teve crescimento acelerado até se fundir com a Reckitt em 1999.
Durante 15 anos, a marca oficial do conglomerado foi Reckitt Benckiser, mas o nome duplo nunca pegou. Executivos resolveram simplificar tudo num custoso (e premiado) rebrand. Nascia a RB.
Durou 6 anos. Na semana passada, a empresa reconheceu a derrota e voltou a se chamar Reckitt, como nunca deixou de ser conhecida no mundo empresarial.
“O nome Reckitt já é amplamente usado, é mais claro, simples e marcante, ao mesmo tempo que mantém associações positivas com a tradição da empresa”, admite um executivo no material oficial da marca.
Para quem se interessa por branding, aqui tem todos os conteúdos oficiais.
Um colunista do Financial Times não perdeu a piada: a alteração anterior envolveu a compra do RB.com, uma raro domínio de duas letras que pode ter custado alguns milhões de libras; “Quem sabe a venda do endereço no futuro pague a conta da próxima consultoria de marca”, ironizou.