Em junho de 1992, líderes mundiais se reuniram no Rio de Janeiro em torno dos desafios ambientais do planeta. Surgia ali o Dia Mundial da Água, com o objetivo de lançar luz sobre o fato de que bilhões de pessoas no mundo ainda não tem acesso seguro a água.
Passados 28 anos, a realidade brasileira continua uma vergonha. Os gráficos abaixo mostram que pouco ou nada mudou nos últimos anos.


Enquanto abrimos a torneira sai água potável a qualquer hora do dia, 35 milhões de brasileiros não têm a mesma sorte.
E pior: 100 milhões não tem seus esgotos coletados, ou seja, todo o resíduo gerado vai direto para o meio ambiente — expondo a população a doenças e poluindo as águas.
Como disse o Estadão nesse editorial:
Nenhum setor expõe mais o atraso e a desigualdade no Brasil do que o saneamento.
No momento em que a tragédia do Covid-19 nos choca diariamente, não podemos esquecer da tragédia que continuará a afligir milhões de brasileiros mesmo quando o vírus for derrotado.
Aprenda mais:
- Criado em 1996, o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) é uma fonte valiosa. Tirei os gráficos acima do seu último relatório. Vale a pena conhecer o retrato do setor, para aprender e cobrar.
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