Depois de resistir um pouco, identifiquei as muitas vantagens do áudio no ambiente de trabalho, desde que usado com bom senso e alguns combinados. Antes, as vantagens:
- Agilidade: é possível dar uma orientação ou uma resposta detalhada muitas mais rápido que ao escrever uma longa mensagem.
- Clareza: no áudio, tom de voz aumenta o significado da mensagem — e reduz a chance de mal entendidos.
- Acesso: milhões de pessoas com alfabetização precária ganharam uma forma de se expressar e se fazer entender muito mais claramente.
Para isso funcionar sem stress, me impus algumas regras:
- Escrevo algo para indicar o assunto da mensagem. Assim, o receptor pode escolher o melhor momento de ouvir e não ficará na dúvida se é uma mensagem urgente ou só a última piada. Mando assim: “minhas sugestões para a reunião de hoje:”.
- Tento ser super objetivo e conciso. Muitas vezes cancelo e gravo de novo.
- Não mando mensagens urgentes via áudio. É grande a chance de a pessoa não poder ouvir naquele momento, e aí a comunicação falhou.
- Respeito o colega que odeia áudios.
- Ao ouvir, coloco o telefone na orelha ou uso um fone.
Um pensamento: a comunicação por áudios é como uma ligação telefônica assíncrona. Se tantos reclamam que “ninguém mais liga pra ninguém”, o áudio parece uma forma legítima de (re)aproximar as pessoas.
Texto publicado originalmente na newsletter Dicas de conteúdo, em 18/11/2019.