Ontem publiquei minha resenha de “The Practice”, um livro que me impactou muito. Ficou claro que a experiência não seria completa sem essa resenha.
Ao escrever, tentando explicar conceitos e descrever passagens, estamos aprendendo. Ensinar para aprender, como disse Adam Grant.
É claro que cada um tira algo diferente de um mesmo livro. Resenha não é resumo; deve ser a fagulha que desperta o interesse do outro leitor.
Mas talvez não pare por aí. Ao revisitar os livros para minhas resenhas recentes, não pude ignorar a lembrança das frases de Nelson Rodrigues:
Por tudo o que sei da vida, dos homens, deve-se ler pouco e reler muito.
A arte da leitura é a da releitura.
O leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos que três desertos.
O mesmo livro é um na véspera e outro no dia seguinte. Pode haver um tédio na primeira leitura. Nada, porem, mais denso, mais fascinante, mais novo, mais abismal do que a releitura.
Com tantos livros na prateleira “quero ler” do Goodreads, como conceber releituras? Mas Nelson deve estar certo, e esse é um projeto inescapável, a começar por uma lista “quero reler”.