Nos anos 1970, os governos da França e do Reino Unido enterraram o equivalente a 2,8 bilhões de dólares no projeto do finado Concorde. O investimento nunca foi recuperado.
A cada oportunidade de cancelar o projeto, decisores continuaram a dobrar a aposta, alegando que não poderiam abandonar a empreitada depois de tanto investimento.
Pois é. O “custo perdido” ou “afundado” afeta nossa capacidade de decidir racionalmente.
Esse filme não parece bom, mas já paguei o ingresso, vou assistir até o fim.
Fica ainda mais difícil quando o “custo” é a nossa própria dedicação e esforço.
Já gastei tanta energia nesse projeto, não posso desistir agora.
Quanto mais os governos insistiam no Concorde, mais o custo perdido aumentava.
Parar de insistir no erro pode exigir coragem e desprendimento. Quanto mais cedo, melhor.
Saiba mais:
- Uma interessante galeria de fotos do Concorde no aeroporto do Galeão, destino de seu primeiro vôo comercial, há 45 anos.
Foto: André Cros, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons